Governo Brandão usa cesta básica como troféu


Ao levantar uma cesta básica para algumas dezenas de aliados e outras tantas de famílias desalentadas – uma delas ao lado do governador-tampão – o temporário inquilino do Palácio dos Leões ratificou o projeto do qual fez parte e pretende dar continuidade: manter o maior número possível de maranhenses nas degradantes fileiras da extrema-pobreza.

A distribuição de não perecíveis, como arroz, feijão, óleo, farinha e outros itens que compõem esse mix de alimentos considerados de necessidade básica, é apenas a ponta do iceberg. Ao comemorar a primeira centena de restaurantes populares espalhados pelo Estado – a maioria convenientemente instalada em municípios “parceiros” – o Governo do Maranhão passa, institucionalmente, um recibo de que não pretende empreender esforços para mitigar não mais que os anseios da base da pirâmide. Ora, quem tem fome, precisa comer!

Essa não é a questão, tampouco o debate. A problemática é que, ao se restringir à base, se aprisiona pessoas nela. Se mantém permanente a busca pelo alimento primário, que passa, então, a ser utilizado como “moeda de troca” para fins eleitoreiros. Não será dessa forma que superaremos os índices sociais alarmantes que assolam o nosso estado.

Mas nada disso parece ser objeto de preocupação daqueles que se empenham apenas em personalizar camisetas, erguer símbolos que deveriam envergonhá-los e cortar fitas de inauguração de equipamentos públicos que fazem parte de suas obrigações, a partir do momento em que a eles lhes foram confiados o voto. É uma constatação triste e preocupante de se fazer.


Via Blog do Pedro Jorge

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