Paraibano finaliza 2020 sem o funcionamento das agências do Banco do Brasil e Bradesco

 


A cidade de Paraibano chega ao final de mais um ano sem o funcionamento integral das duas instituições bancárias que mantinham agências na cidade, Banco do Brasil e Bradesco.

Há mais três anos, o Banco do Brasil, fechou as portas, depois de sofrer com explosões violentos que destruiu parte do prédio onde a agência funcionava. O banco já havia sofrido outros ataques com explosivos. O falecido prefeito de Paraibano, Zé Hélio, esteve por algumas vezes na Superintendência do Banco do Brasil em São Luís, e uma vez na sede, em Brasília, tentando fazer com que o Banco do Brasil reabrisse a agência. A maior parte dos aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS residentes no município recebiam seus pagamentos na agência. 

Uma das alegações para o não funcionamento é falta de segurança na cidade, pois, de acordo com a instituição, o contingente policial na cidade é insuficiente para garantir a segurança da instituição.

Desde então, a cidade ficou apenas com a Agência do Bradesco. Porém, neste final de 2020, a instituição também decidiu fechar a Agência e Manter somente um Posto de Atendimento (P.A), dificultando mais ainda a vida da população que pra resolver maiores transações bancárias, tem que se deslocar para a cidade de São João dos Patos.

O fechamento de Agências Bancárias prejudica principalmente o comércio local. Em Paraibano, o dinheiro deixou de circular na cidade porque boa parte da população, de mais de 20 mil habitantes, segundo o IBGE,  antes recebia o dinheiro na cidade e gastava lá  mesmo. Agora, como precisam ir para São João dos Patos, fazem as compras por lá.


AÇÕES

Em Ação Civil Pública proposta em 20 de setembro de 2017, o Ministério Público do Maranhão requereu a reabertura da agência do Banco do Brasil do município de Paraibano. Ajuizou a manifestação ministerial o promotor de justiça Gustavo Pereira Silva.

Consta na ação que a única agência bancária existente no município teve a sua atividade regular suspensa em 2016, em razão do número de assaltos ocorridos no local.

Conforme explicou o promotor de justiça, o fechamento da agência tem privado os consumidores do município de realizarem movimentações financeiras, que estão sendo obrigados a percorrer no mínimo 40 km para efetuarem saques de valores monetários.

Em resposta a ofício enviado pelo MPMA, o Banco do Brasil informou que o estabelecimento foi transformado em posto de atendimento, sem movimentação de dinheiro. Uma ação criminosa, na qual bandidos explodiram caixas eletrônicos da agência, teria determinada a suspensão das atividades.

“Tal fato tem causado a descontinuidade nesse serviço público de índole essencial, de caráter contínuo, sem ofertar qualquer alternativa aos seus usuários, provocando enormes dissabores e transtornos, afetando, inclusive, a economia local, ante a impossibilidade de circulação de dinheiro e prejudicando a realização de transações financeiras feitas exclusivamente por intermédio de agência bancária”, completou Gustavo Pereira Silva.

Na ação, o promotor de justiça enfatizou que a suspensão das atividades viola o Código de Defesa do Consumidor.

“Nesse contexto, vale destacar, que se torna inconcebível que uma instituição financeira de grande porte, como o Banco do Brasil, que cada vez mais maximiza seus lucros e socializa os seus prejuízos, além de cobrar tarifas bancárias exorbitantes, se dê ao luxo de deixar a comunidade local ao seu bel prazer, não efetivando o restabelecimento dos serviços bancários (disponibilidade de dinheiro nos caixas) na agência de Paraibano”, concluiu o representante do MPMA.


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